sábado, 3 de dezembro de 2011

O Semi-Árido é belo e constrói conhecimentos


PoAntonio Gomes Barbosa*


O Semi-Árido é, sem dúvida, um dos ecossistemas mais intrigantes e fascinantes dplaneta! Esta expressãoque caracteriza admiração e encantamentoé a de quem passa abservar de perto esta região, sobretudo, estudiosos da Biologia, Botânica, Antropologia, Geografia, Paleontologia, História, Sociologia, Jornalismo, Fotografia, dentre tantas outras áreas do conhecimento.
Rico em biodiversidade, o Semi-Áridoque alguns preferem denominar de “sertão”, para diferi-lo do litoral, apresenta mais de 160 microclimas, de acordo com a Embrapa  Semi-Árido; todos caracterizados por um alto poder de resistência e resiliência. Mesmo com longos períodos de estiagem, plantas e animais resistem e apresentam grande capacidade de regeneração. E é só cair as primeiras chuvas e tudo que era cinza e parecia morto, vira verde e esbanja vida.
É também no Semi-Árido, de acordo com a pesquisadora Niéde Guidon, que se registram as primeiras marcas de ocupação humana das Américas. Ou seja, podemos dizer que a riqueza dessa região não se expressa apenas em sua fauna, flora, pinturas rupestres e/ou formações rochosas (cristalino na maior parte). O maior patrimônio do Semi-Árido é, principalmente, a diversidade cultural de seu povo: agricultores/as, vaqueiros/as, ribeirinhos/as, quilombolas, indígenas, extrativistas, quebradeiras de cocoque cultivam, criam, extraem, cantam, dançam, observam e produzem conhecimentos.
Portadores de um vasto saber, adquiridos a partir da observação da natureza ao longo dos tempos, homens e mulheres aprenderam a arte de conviver coo meio ambiente, olhandos ciclos das chuvas, o comportamento das plantas, dos animais e as características dclima e do solo. Foi esse conhecimento que construiu as melhores estratégias de convivência coo Semi-Árido, favorecendo o armazenamento de água para o consumo da família, através das cisternas; dos animais e das plantas por meio dos barreiros, tanques de pedra, caldeirões, barragens subterrâneas; e a estocagem de comida (bancos de sementes, paiol, armazéns, etc.) e forragem para os animais (pastagens nativas, silos, fenos).
É respeitando e valorizando esses saberes que  a Articulação no Semi-Árido Brasileiro(ASA), rede com mais de 750 entidades que atuam na região, vem pautando sua ação em políticas que garantam água para o consumo humano e para a produção de alimentos. Na primeira linha está o Programa de Formação e Mobilização Social: Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), que hoje possibilita que cerca de 1 milhão de pessoas tenham água de qualidade para beber, ao lado de suas casas. O impacto social e econômico desse programa é incalculável.
Na segunda linha está o Programa de Formação e Mobilização Social: Uma Terra e Duas Águas - P1+2, que visa promover a segurança alimentar e geração de renda das famílias doSemi-Árido através do manejo e acesso sustentáveis da terra e da água para produção de alimentos.
No P1+2 serão realizados encontros estaduais, microrregionais, municipais, oficinas de convivência coo Semi-Árido; intercâmbios; sistematização de experiências e a implementação de tecnologias hídricas apropriadas à região. Na fase demonstrativa, serãoimplementadas 65 barragens subterrâneas, 71 cisternas adaptadas para roça, três barreiros e cinco tanques de pedra, que beneficiarão 818 famílias de dez estados (AL, BA, CE, MA, MG, PB, PE, PI, RN, SE) do Semi-Árido.
O P1+2 é uma iniciativa da ASA e conta com financiamento da Fundação Banco do Brasil e Petrobras,  e apoio da Rede de Tecnologias Sociais – RTS.  Esse conjunto de ações, somadooutras importantes iniciativas que surgem em toda a região semi-árida brasileira, desenvolvidas por agricultores, agricultoras e organizações sociais, apontam para um projeto de desenvolvimento sustentável para o Semi-Árido  baseado na convivência com a região.


Fonte: http://www.rts.org.br/artigos/artigos-2007/o-semi-arido-e-belo-e-constroi-conhecimentos/

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fala Negro: Negros, Loucos Poetas e Intelectuais

                                                                                     RESGATE
Alzira Rufino

Sou negra ponto final
Devolvo-me a identidade
Rasgo a minha certidão
Sou negra 
Sem reticências
Sem vírgulas
Sem ausências
Sou negra balacobaco
Sou negra noite cansaço  
Sou negra
Ponto final

Terça-feira!




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Segundo dia! - Fala Negro: Negros, Loucos Poetas e Intelectuais

Pôster feito pelos alunos petianos

Cartazes na entada da UFAL
Um dos cartazes expostos
Douglas Julião, aluno petiano, nosso orador.

Mesa de abertura, com a presença de nossa tutora Maria Ester, a coordenadora do curso de Serviço Social, Marinês, coordenadora da Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, Sueli e o coordenador do curso de psicologia, Antônio.

Severino Lepê Correia e Saulo Luders, discutindo sobre políticas quilombolas, identidade e espaços de fuga e captura
 Alunos e professores.

sábado, 5 de novembro de 2011

PELO ESCURO - OLIVEIRA SILVEIRA (trechos)


 

Sou a palavra cacimba
prá sede de todo mundo
e tenho assim minha alma
água limpa e céu no fundo.
Meu canto é faca de charque
voltada contra o feitor
dizendo que minha carne
não é de nenhum senhor.
Sou quicumbi e moçambique
no compasso do tambor.
Sou um toque de batuque
em casa de gege-nagô.
Sou a bombacha de santo,
sou o churrasco de Ogum.
Entre os filhos desta terra
naturalmente sou um.
(...)
No sul o negro charqueou
lavrou
carreteou
no sul o negro remou
teceu
o diabo a quatro
o negro no sul congou
bumbou
batucou
a negra no sul cozinhou
lavou
diabo a quatro
no sul o negro brigou
guerreou
se libertou
quer dizer: ainda se liberta
de mil disfarçadas senzalas
prisžes
diabo a quatro
onde tentam mantê-lo agrilhoado
(...)
Muito obrigado
pelo ditado
"negro em posição
É encrenca no galpão".
Obrigado pelo preconceito
com que até hoje me aceitas.
Muito obrigado pela cor do emprego
que não me dás porque sou negro...
(...)
Um naco de fumo escuro
negrinho
da tua cor, no monturo
Um toco de pito aceso
negrinho
cor de teu sangue indefeso
(...)
E peço: clareia o rumo
negrinho
de teus irmãos cor de fumo.
(...)
Já fui a palavra canga
sou hoje a palavra basta.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Programação - Fala Negro: Negros, Loucos, Poetas e Intelectuais

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Inscrições Abertas!


Procedimentos para a realização da inscrição:

* Preencha a ficha de inscrição 
(disponível em: http://www.4shared.com/file/8co1bCjZ/Ficha_de_Inscrio.html) com seus dados e envie para o email petnesal@gmail.com
* Efetue o pagamento da taxa de R$ 5,00 na sala do PET NESAL, na UFAL, Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, ou aos representantes de sua instituição.


Mais informações:
* As inscrições serão realizadas de 31 de outubro a 2 de novembro de 2011, somente via email;
* Quem participar do evento receberá certificado de 30 horas;
* Só receberão os certificados quem participar de, no mínimo, 60% das atividades propostas;
* Se o pagamento da taxa não for efetuado no prazo de 24 horas após a inscrição, a inscrição não será confirmada, dando lugar a outro inscrito;
* Serão ofertadas 70 vagas para participação do evento, conforme a capacidade de acomodação do auditório da Universidade Federal de Alagoas, Unidade de Ensino Palmeira dos Índios;
* Qualquer dúvida, estaremos disponíveis na sala do PET NESAL, via email (petnesal@gmail.com), ou  respondendo os comentários desta postagem.




quinta-feira, 27 de outubro de 2011

TEIMOSA PRESENÇA


Eu continuo acreditando na luta
Não abro mão do meu falar onde quero
Não me calo ao insulto de ninguém
Eu sou um ser, uma pessoa como todos
Não sou um bicho, um caso raro
ou coisa estranha.
Sou a resposta, a controvérsia, a dedução
A porta aberta onde entram discussões
Sou a serpente venenosa: bote pronto
Eu sou a luta, sou a fala, o bate-pronto
Eu sou o chute na canela do safado
Eu sou um negro pelas ruas do país.

( Lepê Correia)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Convite: "Construindo a Identidade Afro Descendente"

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Presença Confirmada no "FALA NEGRO: Negros, Loucos Poetas e Intelectuais"


                                          

Lepê Correia

Dono de múltiplos talentos, o pernambucano, nascido em Recife em 21 de dezembro de 1952, Severino Lepê Correia, mais conhecido por Lepê Correia, é psicólogo, psicoterapeuta, terapeuta corporal, acupunturista, comunicólogo, ativista negro, pesquisador da cultura afro, jornalista, radialista, mestre em Filosofia e professor universitário. Atualmente, cursa pós- graduação em História.  
Com importante militância junto ao Movimento Negro, Correia também é integrante do Conselho Consultivo da Revista  Palmares- Cultura Afro-Brasileira, editada pela FCP/MinC. Além disso, o autor é colaborador em ações de Comunicação Social direcionadas à promoção e valorização da cultura afrobrasileira, como o Prêmio Palmares de Comunicação – Programas de Rádio e Vídeo, onde atuou como um dos elaboradores do edital público do concurso, o  qual premiou dez programas de rádio e sete vídeo-documentários (2004/2006). É editor do jornal Djumbay, que significa “acontecimento”, em idioma crioulo. O jornal,fundado em 1993, objetiva atender as necessidades da comunidade negra pernambucana.  
Lepê é, também, cantor e compositor. Integra, juntamente com os músicos Messias (violão e voz), Paulinho (contra-baixo), Bernardino Nunes (percussão), Erbton Rodrigues (agogô e bateria), Ericka Lúcia (vocal) e Iyasanã Lepê (vocal, maraca, carrom e caxixi), Emanuel Santana (violino), Iyadirê Zidanes (maracas e vocal), Paulo Nunes (vocal), o grupo musical “Boca Coletiva”. Lepê integrou-se ao grupo em 1979, dois anos após sua fundação. Fizeram o primeiro show juntos no auditório da FACHO – Faculdade de Ciências Humanas de Olinda. O “Boca Coletiva” promove a divulgação da música afrolatina e afrobrasileira, baseado na pesquisa de nossas raízes ancestrais e no conjunto multiétnico formador do amálgama cultural brasileiro. Além disso, por meio da música, defendem a preservação sócio-ecológica-cultural, tendo como centro e atores principais os seres humanos com suas naturezas, dentro da natureza. Participaram de festivais, vernissages e lançamentos literários. 
Em 1993, Lepê Correia publica seu primeiro livro, Caxinguelê. A obra é um reflexo do comprometimento do autor com sua cultura, com seu povo e com sua história. Através de sua poesia, Lepê reverencia os seus ancestrais, divide as dores e as alegrias com os de sua geração e contribui com a formação dos mais novos. Em 2006, lança Canoeiros e Curandeiros: resistência negra em Pernambuco Sec. XIX,  que retrata a história política e econômica do Estado e instiga reflexões sobre as tradições humanas. O autor recria a vida de parte da população negra do Recife do século XIX



sábado, 22 de outubro de 2011

Artesanato do Semiárido


Imagens  de alguns dos artesanatos do Mercado de Artesanato Margarida Gonçalves, em Arapiraca-AL.
















Resultado da Seleção de Novo Bolsista de Serviço Social

Clique na imagem para ampliar.
Assessoria de Comunica??o EDUFAL

segunda-feira, 17 de outubro de 2011




Programação e Inscrições em breve!

sábado, 8 de outubro de 2011

Mangueira - Samba Enredo 1988


Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei...
Que zumbi dos palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Seleção para Bolsista de Serviço Social

 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS ARAPIRACA
UNIDADE ACADEMICA DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL
PROCESSO SELETIVO PET – NESAL (Núcleo de Estudos do Semiárido Alagoano
Edital nº01/2011
      O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL (PET) do Curso de Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Campus Arapiraca – Unidade Acadêmica Palmeira dos Índios conforme dispõe a legislação vigente (PORTARIA nº3.385, DE SETEMBRO DE 2005, e PORTARIA nº 1.632, DE SETEMBRO DE 2006, Portaria MEC nº 976, de 27 de julho de 2010, publicada no D.O.U em 28/07/2010, páginas 103 e 104), torna público o presente Edital, dispondo sobre o Processo Seletivo para ingresso de novo bolsista em 2011. 
CAPÍTULO I – DAS VAGAS
Art.1º-- O processo seletivo visa o preenchimento de 1 (uma) vaga, por um período de 12 (doze)  meses, podendo a bolsa ser prorrogada sucessivamente, mediante avaliação anual das atividades.
Parágrafo Único: As vagas serão destinadas da seguinte forma: 1 (uma) vaga para o Polo Palmeira dos Índios.
CAPÍTULO II – DAS INSCRIÇÕES
Art.2º-- As inscrições serão realizadas no dia 07 de outubro, no horário das 08 às 12h e 13 às 17h, na sala do PET NESAL na Unidade Acadêmica Palmeira dos Índios.
Art. 3º -- Poderão participar do processo de seleção alunos residentes no campo (meio rural) ou em comunidades quilombolas, que estiverem regularmente matriculados no curso de Serviço Social – Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, que estiverem cursando até o quarto período.
Art.4°-- O candidato deverá, no ato da inscrição, entregar TODOS os seguintes documentos:
    1. Fotocópia do RG;
    2. Fotocópia do CPF;
    3. Fotocópia do comprovante de residência;
    4. Fotocópia do comprovante de matrícula na Ufal;
    5. Histórico analítico;
    6. Fotocópia do boletim (último semestre);
    7. Ficha de inscrição devidamente preenchida;
    8. Uma foto 3x4;
    9.  Memorial.
 Parágrafo único. A ficha de inscrição estará disponível na Sala do PET NESAL e deverá ser entregue devidamente preenchida no mesmo local, juntamente com os demais documentos. Caso alguma nota não tenha sido computada no sistema acadêmico, tornando assim incompleto o inciso V e/ou o inciso VI, o candidato deverá trazer uma declaração assinada pelo professor da disciplina em questão constando a nota e conceito do aluno na matéria. 
 CAPÍTULO III- DO PROCESSO SELETIVO: 
Art.5º -- O Processo seletivo ocorrerá na Sala de Reuniões da Unidade Acadêmica de Palmeira dos Índios e constará de uma única etapa que incluirá:
    1. Memorial – que deverá ser entregue no momento da inscrição na sala do PET NESAL, na Unidade Acadêmica Palmeira dos Índios, a algum aluno participante do programa.
    2. O resultado da avaliação do memorial será divulgado no dia 10 de outubro, no turno matutino.
    3. Entrevista – Nos dia 11 de outubro, nos turnos matutino e vespertino. Os candidatos inscritos deverão estar na Unidade Palmeiras dos Índios sala de reuniões para sorteio da defesa do memorial.
    4. Ordem da entrevista – será obedecida a sequência do sorteio.
Parágrafo único: O candidato ao elaborar o memorial deverá incluir história de vida, perspectiva profissional e estudantil, no sentido em que afirma o autor abaixo:
O Memorial constitui, pois, uma autobiografia configurando-se como uma narrativa simultaneamente histórica e reflexiva. Deve então ser composto sob a forma de um relato histórico, analítico e critico, que dê conta dos fatos e acontecimentos que constituíram  a trajetória  acadêmico-profissional de seu autor, de tal modo que o leitor possa ter uma informação completa e precisa do itinerário percorrido (SEVERINO, 2001: 175).
Art.6 º -- O processo de avaliação do memorial seguirá aos seguintes critérios:

Critérios
Pontuação
Estrutura
02 pontos
Conteúdo
06 pontos
Expressão do candidato
02 pontos
Valor total
10 pontos


Parágrafo único. A análise do histórico escolar será realizada durante o processo prescrito neste artigo.
Art. 7º-- O processo de avaliação da entrevista seguirá os seguintes critérios:
Desenvoltura do candidato nas respostas. (peso2, 5)
Desinibição para falar em público. (peso2, 5)
Conhecimento sobre o funcionamento do PET. (peso2, 5)
Habilidade para trabalhar em grupo. (peso2, 5) 
Art.8 º--Os candidatos deverão comparecer ao local da realização do processo seletivo com meia hora de antecedência do início da realização das atividades.
 Art.9 º--O não comparecimento do candidato a qualquer das etapas do processo seletivo que trata o artigo 5º acarretará na sua eliminação.
 Art.10º -- Os candidatos que apresentarem reprovação e/ou coeficiente de rendimento anual menor que sete serão automaticamente eliminados do processo seletivo.
Art.11º – Os candidatos que obtiverem nota menor que 6 (seis) no memorial serão automaticamente eliminados do processo seletivo.
Art. 12º-- Para efeito de julgamento final será calculada a média ponderada das notas obtidas nas seguintes avaliações:
  1. Análise do histórico escolar (peso 3);
  2. Defesa do memorial e entrevista (peso 3);
  3. Escrita do Memorial (peso 4).
Art.13 º -- Havendo empate entre os candidatos na classificação, o desempate dar-se-á, sucessivamente, em favor do candidato que obtiver a nota maior no critério de:
    1. Maior coeficiente de rendimento no último semestre;
    2. Escrita do Memorial;
    3. Entrevista com a comissão de seleção;
    4. Ser residente em comunidade quilombola ou rural;
    5. Proveniência de escola pública.
Parágrafo Único. Entende-se por comunidade rural todo povoamento que esteja localizado fora do perímetro urbano. O pertencimento a comunidade quilombola deverá ser comprovada através de documento instituído por órgãos competentes.
Art.14 º -- O resultado e as notas de cada candidato nas respectivas etapas serão divulgadas até 24 horas após o processo seletivo por meio de documento oficial emitido pelo grupo PET/NESAL-PALMEIRA DOS ÍNDIOS.
CAPÍTULO IV - DA ADMISSÃO:
Art.15º-- Os candidatos selecionados serão admitidos no Programa mediante o cumprimento dos seguintes requisitos:
I- Não ser bolsista de qualquer outro programa;
II- Ter disponibilidade para dedicar vinte horas semanais às atividades do programa;
III –  Não ter vínculo empregatício;
Art.16º-- O ingresso dos candidatos selecionados dar-se-á após a divulgação do resultado do processo seletivo.
CAPÍTULO V- DAS BOLSAS DE ESTUDO:
Art.17 º-- O aluno bolsista do grupo PET/NESAL/Ufal-Unidade Acadêmica de Palmeira dos Índios gozará dos seguintes benefícios:
    1. Bolsa de estudo no valor de R$ 360,00 (trezentos e sessenta reais);
    2. Bolsa de estudo de língua estrangeira em uma das casas de culturas oferecidas pela PROEX a depender da disponibilidade de vagas.
CAPÍTULO VI- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS:
Art.18 º -- Este processo seletivo será válido por 12 (doze) meses, conforme reza o artigo 1º deste edital.
Art 19. º – As vagas remanscentes dos bolsistas desligados do projeto serão preenchidas  por novos alunos, mediante um novo processo de seleção.
Art 20. º -- Os alunos não provenientes do campo ou de comunidades quilombolas poderão participar do processo de seleção, mas só serão selecionados caso as vagas não sejam todas preenchidas.
Art. 21°- A comissão de seleção será composta por 5 (cinco) alunos  (Emanuelle Nascimento, Karina Lima, Roberta Barbosa, Camila Saturnino e Lucas Neves), e uma professora (Maeliz Garibotti), membros do grupo PET NESAL.
Art.22° - Os casos omissos serão resolvidos pela comissão de seleção.
Art.23°  -- Mais informações sobre o Programa de Educação Tutorial no site do MEC: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12223&Itemid=481) 

Referências:
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 21. ed, São Paulo: Cortez, 2001.




Palmeira dos Índios, em 04 de outubro de 2011.


Professora Doutora Maria Ester Ferreira da Silva
Tutora do Programa de Educação Tutorial Núcleo do Semiárido Alagoano (PET NESAL)
UFAL/Campus Arapiraca / Unidade de Ensino Palmeira dos Índios

domingo, 2 de outubro de 2011


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Características da Região Semi-árida


O Semi-Árido brasileiro representa 18% do território nacional e abriga 29% da população do País. Possui uma extensão de 858.000 km2, representando cerca de 57% do território nordestino, sendo que a área designada como Polígono das Secas (ocorrência de secas periódicas) é estimada em 1.083.790,7 km2. No Semi-Árido, vivem 18,5 milhões de pessoas, com destaque para o fato de que 8,6 milhões pertencem à zona rural, caracterizada por alta vulnerabilidade, já que estão entre os mais pobres da região, com índices de qualidade de vida muito abaixo da média nacional. Sua densidade demográfica de 20 hab/km2 não parece alta quando comparada com a média nordestina que é de 28 hab/km2. Contudo, tomando por base outras regiões semi-áridas no mundo, apresenta-se como uma das mais elevadas. Acresçam-se a esse fato as próprias características naturais ali predominantes. Longe de se caracterizar como um espaço homogêneo, o Semi-Árido pode ser apresentado como um "grande mosaico".
Como principal característica climática, destacam-se as temperaturas médias elevadas e precipitações médias anuais inferiores a 800 mm, extremamente concentradas, gerando os períodos de chuva e estiagens. Cerca de 50% dos terrenos do Semi-Árido são de origem cristalina, rocha dura que não favorece a acumulação de água, sendo os outros 50% representados por terrenos sedimentares, com boa capacidade de armazenamento de águas subterrâneas. Suas feições de relevo refletem a dinâmica climática e estrutural, mas, apesar de dominar grandes extensões dissecadas, é possível registrar significativas áreas ocupadas por serras e vales úmidos.
São apenas dois os rios permanentes que cortam o Semi-Árido: o São Francisco e o Parnaíba; sendo que os demais aparecem de forma intermitente (apenas nos períodos de chuva), desempenhando, contudo, um papel fundamental na dinâmica de ocupação dos espaços nessa região. Mas a disponibilidade de água existente e potencial deve ser vista considerando, também, os açudes públicos e reservatórios privados, além das alternativas crescentes de captação de água para o consumo doméstico.
Essa diversidade natural comporta práticas de manejo do território marcadas por relações sociais "arcaicas" e "modernas", includentes e excludentes; por atividades econômicas tradicionais, de pouca inserção no mercado, com baixo uso de tecnologia em contraste com setores de ponta oriundos da agricultura irrigada. Em ambas as situações, as conseqüências ambientais são graves. Comporta, antes de tudo, uma alta concentração de terras e uma estrutura sócio-política altamente paternalista. Na agricultura tradicional, baseada no sistema de policultura (principalmente milho e feijão) e pecuária (rebanhos de bovinos, ovinos e caprinos), a vulnerabilidade à existência das secas é elevada e a situação agrava-se quando o foco recai nos pequenos agricultores ou nos trabalhadores sem-terra.
Nesse cenário, têm sido marcantes, principalmente até a década de 80, as migrações inter-regionais como alternativa à falta de sustentabilidade para a população mais vulnerável no Semi-Árido, sendo que, nos últimos anos e nas últimas secas, tem sido registrado um fluxo maior para as cidades (periferias) de porte médio na Região Nordeste. Ficam patentes a desestruturação das unidades familiares, diante da impossibilidade de sobrevivência nos períodos de seca, e a ineficiência das ações do poder público, historicamente baseadas em medidas emergenciais e políticas setoriais. É necessário partir para estratégias de políticas públicas com foco integrado de objetivos simultaneamente sócio-econômicos, político-institucionais, culturais e ambientais.


Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-desertificacao-no-brasil/caracteristicas-da-regiao-semiarida.php