A presente atividade busca, em linhas gerais,
estabelecer um espaço de discussão acerca da Psicopatologia,
comumente descrita como disciplina que estuda as “doenças
mentais”. Entretanto, não utilizar-se-á, neste projeto, dos
pressupostos e conceitos ofertados pela psiquiatria, ciência que
historicamente tem abarcado tal disciplina, invés disso,
utilizar-se-á dos pressupostos filosóficos, princípios e leis e
tecnologia ofertados pela Análise do Comportamento. Esta última,
compreendida como área de conhecimento mais ampla, que congrega as
seguinte subáreas: Behaviorismo Radical ou Comportamentalismo
(caráter filosófico, conceitual e histórico), Análise
Experimental do Comportamento (caráter empírico e experimental) e
Análise Aplicada do Comportamento (caráter tecnológico e
interventivo).
A Análise do Comportamento compreende o fenômeno psicológico ou comportamento como produto da interação organismo e ambiente, sendo o mesmo descrito como a relação entre classes de respostas e estímulos antecedentes (comportamento respondente) ou classes de respostas relacionadas às consequências que produzem e que retroagem sobre o organismo, configurando-se em uma unidade de comportamento (comportamento operante). Apresenta ainda, três níveis de variação e seleção como determinantes do comportamento. Sendo eles: a filogênese, a ontogênese e a sociogênese. O nível filogenético refere-se aos comportamentos selecionados durante a história natural de cada espécie, refere-se aos comportamentos comuns entre os indivíduos de uma mesma espécie. O nível ontogenético refere-se aos comportamentos desenvolvidos durante a história de interação de um indivíduo com o ambiente, é produto dos esquemas contingenciais aos quais tal indivíduo fora submetido. A sociogênese, por fim, configura-se como as contingências de reforçamento sociais de um grupo.
O nível ontogenético definirá o que a Análise do Comportamento denomina como repertório discriminativo, conceito similar aos conceitos de identidade ou personalidade apresentados por outras abordagens. Para compreendermos esse conceito, entretanto, faz-se necessário primeiramente esclarecermos um outro conceito, o de contingências de reforço. Esse conceito refere-se as relações estabelecidas entre três elementos constitutivos, a saber, classe de estímulos discriminativos, classe de repostas e consequências. A classe de estímulos discriminativos pode ser compreendida como mudanças ambientais específicas, as quais um indivíduo diferencia dos demais estímulos ambientais, emitindo diante das mesmas uma resposta específica e fortalecida em circunstâncias passadas similares. Classe de resposta, por sua vez, pode ser compreendida como a ação do indivíduo diante de determinada classe de estímulos discriminativos ou modificação do ambiente, configurando-se não como uma simples reação do indivíduo a uma classe de estímulos, mas como uma “unidade de conduta que opera sobre o ambiente” (ROSE, 2005). Consequências, por fim, são mudanças ambientais decorrentes da classe de resposta emita pelo indivíduo capazes de retroagir sobre o mesmo, aumentando ou diminuindo a probabilidade do mesmo apresentar, em circunstâncias similares, as respostas que produziram tais consequências. Qualquer comportamento deverá, segundo a Análise do Comportamento, ser compreendido a partir das relações estabelecidas entre tais componentes (classe de estímulos discriminativos, classe de respostas e consequências), seja ele denominado como saudável ou patológico, normal ou anormal, adequado ou inadequado.
Dessa forma, entende-se que nenhum indivíduo simplesmente comporta-se aleatoriamente, mas sim, que todo comportamento apresentado por um indivíduo compõe seu repertório discriminativo que é emitido em função de uma circunstância específica e é selecionado e mantido a depender da forma como for consequenciado. Desta forma, entende-se que todo comportamento, mesmo os ditos patológicos, anormais ou inadequados tem função adaptativa e configura-se como produto de arranjos contingências específicos. Essa compreensão possibilita uma ruptura com perspectivas que compreendem a psicopatologia como entidade em si e inerente ao sujeito, propõem-se, no entanto, compreender tal fenômeno psicológico como um comportamento que um organismo apresenta ou deixa de emitir e que implica em prejuízos para o mesmo. Dessa forma, o comportamento patológico não é compreendido como um comportamento especial ou diferente dos demais.
Tendo em vista a inegável importância do estudo e compreensão, por parte de profissionais de todas as áreas de atuação em psicologia, dos componentes da disciplina Psicopatologia; e por observar que esta só é ministrada a partir do sétimo período do curso de Psicologia da UFAL - Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, o que por vezes dificulta o acesso do acadêmico às discussões pertinentes a essa disciplina, acredita-se que a proposta “Ciclo Debates PET-NESAL: Psicopatologia em Discussão”, a qual pretende alcançar o objetivo de propiciar um espaço para debate e reflexão acerca das psicopatologias a partir da Análise do Comportamento, contribuirá para que os acadêmicos tenham um contato inicial com a temática, familiarizando-se com a mesma e suscitando o interesse para novas pesquisas acerca da temática.
O Ciclo de Debates PET-NESAL: psicopatologia em discussão, dar-se-á em quatro encontros quinzenais, com duração de 4 horas cada, a serem realizados no período de 13 de março a 24 de abril de 2013, nos quais serão realizadas aulas expositivas dialógicas com recursos audiovisuais, incluindo a exposição e análise de curtas e longas metragens; além de discussões pautadas em leitura de bibliografia específica. O conteúdo a ser discutido no primeiro encontro girará em torno dos conceitos básicos para o entendimento da Análise do Comportamento e da Psicopatologia segundo a mesma abordagem. O conteúdo dos demais encontros será definido a partir de uma enquete publicada na página do PET-NESAL no Facebook, cujas opções serão sete psicopatologias (depressão, transtornos de ansiedade, esquizofrenia, TDAH, dislexia e transtornos de humor) a serem escolhidas para compor o conteúdo dos encontros já citados. As três opções mais votadas dentre o período de 12 de novembro a 30 de dezembro do ano corrente serão selecionadas.
A Análise do Comportamento compreende o fenômeno psicológico ou comportamento como produto da interação organismo e ambiente, sendo o mesmo descrito como a relação entre classes de respostas e estímulos antecedentes (comportamento respondente) ou classes de respostas relacionadas às consequências que produzem e que retroagem sobre o organismo, configurando-se em uma unidade de comportamento (comportamento operante). Apresenta ainda, três níveis de variação e seleção como determinantes do comportamento. Sendo eles: a filogênese, a ontogênese e a sociogênese. O nível filogenético refere-se aos comportamentos selecionados durante a história natural de cada espécie, refere-se aos comportamentos comuns entre os indivíduos de uma mesma espécie. O nível ontogenético refere-se aos comportamentos desenvolvidos durante a história de interação de um indivíduo com o ambiente, é produto dos esquemas contingenciais aos quais tal indivíduo fora submetido. A sociogênese, por fim, configura-se como as contingências de reforçamento sociais de um grupo.
O nível ontogenético definirá o que a Análise do Comportamento denomina como repertório discriminativo, conceito similar aos conceitos de identidade ou personalidade apresentados por outras abordagens. Para compreendermos esse conceito, entretanto, faz-se necessário primeiramente esclarecermos um outro conceito, o de contingências de reforço. Esse conceito refere-se as relações estabelecidas entre três elementos constitutivos, a saber, classe de estímulos discriminativos, classe de repostas e consequências. A classe de estímulos discriminativos pode ser compreendida como mudanças ambientais específicas, as quais um indivíduo diferencia dos demais estímulos ambientais, emitindo diante das mesmas uma resposta específica e fortalecida em circunstâncias passadas similares. Classe de resposta, por sua vez, pode ser compreendida como a ação do indivíduo diante de determinada classe de estímulos discriminativos ou modificação do ambiente, configurando-se não como uma simples reação do indivíduo a uma classe de estímulos, mas como uma “unidade de conduta que opera sobre o ambiente” (ROSE, 2005). Consequências, por fim, são mudanças ambientais decorrentes da classe de resposta emita pelo indivíduo capazes de retroagir sobre o mesmo, aumentando ou diminuindo a probabilidade do mesmo apresentar, em circunstâncias similares, as respostas que produziram tais consequências. Qualquer comportamento deverá, segundo a Análise do Comportamento, ser compreendido a partir das relações estabelecidas entre tais componentes (classe de estímulos discriminativos, classe de respostas e consequências), seja ele denominado como saudável ou patológico, normal ou anormal, adequado ou inadequado.
Dessa forma, entende-se que nenhum indivíduo simplesmente comporta-se aleatoriamente, mas sim, que todo comportamento apresentado por um indivíduo compõe seu repertório discriminativo que é emitido em função de uma circunstância específica e é selecionado e mantido a depender da forma como for consequenciado. Desta forma, entende-se que todo comportamento, mesmo os ditos patológicos, anormais ou inadequados tem função adaptativa e configura-se como produto de arranjos contingências específicos. Essa compreensão possibilita uma ruptura com perspectivas que compreendem a psicopatologia como entidade em si e inerente ao sujeito, propõem-se, no entanto, compreender tal fenômeno psicológico como um comportamento que um organismo apresenta ou deixa de emitir e que implica em prejuízos para o mesmo. Dessa forma, o comportamento patológico não é compreendido como um comportamento especial ou diferente dos demais.
Tendo em vista a inegável importância do estudo e compreensão, por parte de profissionais de todas as áreas de atuação em psicologia, dos componentes da disciplina Psicopatologia; e por observar que esta só é ministrada a partir do sétimo período do curso de Psicologia da UFAL - Unidade de Ensino Palmeira dos Índios, o que por vezes dificulta o acesso do acadêmico às discussões pertinentes a essa disciplina, acredita-se que a proposta “Ciclo Debates PET-NESAL: Psicopatologia em Discussão”, a qual pretende alcançar o objetivo de propiciar um espaço para debate e reflexão acerca das psicopatologias a partir da Análise do Comportamento, contribuirá para que os acadêmicos tenham um contato inicial com a temática, familiarizando-se com a mesma e suscitando o interesse para novas pesquisas acerca da temática.
O Ciclo de Debates PET-NESAL: psicopatologia em discussão, dar-se-á em quatro encontros quinzenais, com duração de 4 horas cada, a serem realizados no período de 13 de março a 24 de abril de 2013, nos quais serão realizadas aulas expositivas dialógicas com recursos audiovisuais, incluindo a exposição e análise de curtas e longas metragens; além de discussões pautadas em leitura de bibliografia específica. O conteúdo a ser discutido no primeiro encontro girará em torno dos conceitos básicos para o entendimento da Análise do Comportamento e da Psicopatologia segundo a mesma abordagem. O conteúdo dos demais encontros será definido a partir de uma enquete publicada na página do PET-NESAL no Facebook, cujas opções serão sete psicopatologias (depressão, transtornos de ansiedade, esquizofrenia, TDAH, dislexia e transtornos de humor) a serem escolhidas para compor o conteúdo dos encontros já citados. As três opções mais votadas dentre o período de 12 de novembro a 30 de dezembro do ano corrente serão selecionadas.
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